Texto e vídeos: Neo
De longe já dava pra perceber que o pessoal da produção não estava de brincadeira: uma enorme tenda se extendia na parte inferior da praça, antes da pista de skate e do anfiteatro onde se realizariam os shows. Na tenda havia alguns stands, onde estavam à venda produtos relacionados à várias bandas de rock, como camisetas, bottons, bolsas etc; além disso tinha um telão onde iria rolar o Cineclube, que o Tomada sempre dá um jeito de colocar entre as atrações dos eventos grandes que eles realizam.
Mas o "prato principal" eram os shows, lá no anfiteatro. E foi muito gratificante ver a estrutura de som e luz que estava armada sobre o palco, o pessoal se puxou mesmo pra fazer um evento de qualidade, e foi o que acabou acontecendo. A primeira banda da tarde de domingo foi a Ladros (Esteio-RS), que animou a galera com o seu rock enérgico a la ramones, fazendo um bom show para uma banda que estreava a formação nova, segundo seu vocalista.
Depois veio uma grata surpresa, a Superfusa, de Sobradinho-RS e do recém criado Coletivo Revirado. Liderada pelo vocalista e guitarrista (e agitador cultural) Patta, a banda fez um ótimo show, destilando um som com fortes influências setentistas e ao mesmo tempo com uma cara moderna e original, com destaque para as diferentes nuances dentro das músicas. Bom mesmo, os caras arrancaram sinceros aplausos do público presente, que a esta altura já começava a lotar as arquibancadas.
Em seguida subiu ao palco a Helvéticos, de Bombinhas-SC. Com um rock enérgico na praia da Cachorro Grande, os catarinenses também animaram a galera. Os caras estavam se sentindo em casa e sendo bem recebidos pelo público: qdo o vocal pediu água pra produção, alguns gritaram em tom de protesto e logo ele tratou de dizer que se alguém quisesse então pagar umas cervejas pra eles, tudo bem, pois o dinheiro deles tinham acabado na viagem só nas cervejas...
Daí foi a vez da Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia, de Maringá-PR. Só o nome já incitava a curiosidade das pessoas, e quem conferiu o show não se arrependeu. Os caras são muito bons, com destaque pro guitarrista solo, que subiu com algumas parafernálias a mais no palco. Com músicas bem humoradas e inteligentes, a banda conquistou o público totalmente, com direito a pedido de bis da galera, o que foi prontamente atendido por eles. Showzão!
Agora era a vez da atração mais esperada pelo público, a banda Maldita, do Rio de Janeiro. No início da primeira música já juntou na frente do palco uma galera pra bater cabeça, primeira vez que isto aconteceu durante o evento. Confesso que mesmo eu sendo carioca, não conhecia o trabalho dos caras, que é realmente de impressionar. Fizeram um show visceral com um som que mais parecia trilha sonora de filme de terror, com destaque para o carismático vocalista e o incrível baterista. A galera foi ao delírio quando ficou só o batera no palco acompanhando músicas do Slayer, Pantera e afins junto com a programação eletrônica, algo que eles usaram bastante em sua apresentação. Mesmo quem não curtia muito o estilo musical da banda, se rendeu à excelência do show dos caras.
Pra finalizar subiu ao palco a Redhead Outdoors, de Tramandaí-RS, com o seu rock eletrônico. Na verdade uma dupla formada por uma menina no baixo e voz e um cara na guitarra, voz e programação eletrônica. Foi legal ver que eles levantaram a galera, com direito a diversas invasões de palco. O pessoal realmente sem empolgou com o show deles, soou como um perfeito fim de festa.
Em suma, o Grito Rock de Esteio foi um sucesso, ótimos shows, uma sequência muito boa de atrações, cerveja gelada, organização nota 10! Não tem como não destacar a competência do pessoal do Coletivo Tomada, os caras são muito organizados, fazem o que tem que fazer sempre com muito amor e cordialidade, do jeito que tem que ser. Foi um belo início de GRs aqui no sul!
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