22 de julho de 2011

Mais uma edição do Cineclube SOMA no Espaço Cultural 512



Na próxima terça, 26 de julho, o Movimento SOMA realiza mais uma edição do Cineclube em parceria com o Espaço Cultural 512, que fica na Rua João Alfredo, 512, Cidade Baixa. Com mediação de Daniel Villaverde, os curtas exibidos serão:

O Encontro Mágico do Palhaço com a Música (2010,RS)
Direção: André Carvalho
Documentário sobre a Bandinha Di Dá Dó produzido na disciplina de Jornalismo experimental em Televisão da Unisinos.

Duas Vidas para Antonio Espinosa (2011,SP)
Direção: Caio D'andrea e Rodrigo Fonseca
Alberto Espinosa, seu irmão mais novo Antonio e seus amigos decidem aterrorizar uma família indígena que está acampada em suas antigas propriedades. O reflexo dessa noite é o aparecimento de uma figura misteriosa que busca implacavelmente um acerto de contas.

O Que é Cineclube? (2006,RS)
Direção: Bruno Borges Kielling
Por meio de depoimentos de diversos cineclubistas, o documentário busca conceituar a atividade dos cineclubes e toda sua gama de relações com a sociedade.

O Cineclube SOMA tem início às 21h e os ingressos custam R$5,00 válidos para toda a programação do bar que segue após a exibição dos curtas.

Serviço:
Cineclube SOMA
26/07/2011 às 21h
Rua João Alfredo, 512 - Cidade Baixa
Ingressos: 5,00

21 de julho de 2011

Estão abertas as inscrições para o festival Ufsctock 2011

por CardumeCultural
Tudo junto e misturado! Estão abertas as inscrições para o festival Ufsctock 2011, que vai acontecer entre os dias 26 de setembro e 02 de outubro nos espaços da Universidade Federal de Santa Catarina.
O Ufsctock é um evento gratuito e chega a sua terceira edição sendo o maior festival universitário do estado. Pelos palcos do festival já tocaram bandas como Sabonetes, Sociedade Soul, LenziBrothers, Apicultores Clandestinos, DaCaverna, Skrotes, Helvéticos. Em 2010, o músico BNegão e os Seletores de Frequêncial priorizou as prioridades e agitou um público de quase 5000 pessoas durante o evento.
Os Apicultores Clandestinos durante o Ufsctock 2009, o primeiro de um festival que marcou a cena independente de Santa Catarina!
Esse ano o festival receberá, além do power trio Macaco Bong e do músico Criolo Doido, todas as artes e sua integração, com atividades de produção musical, artes do corpo, artes visuais e audiovisual. Há meses o festival vem sendo organizado por uma trupe bem diversa, como uma iniciativa do Cardume Cultural,  em parceria ao DCE UFSC (Gestão Rosa dos Ventos) e apoio do Coletivo Sem Fronteiras. Já no começo da produção percebemos que a bandeira das artes integradas deveria ser levantada pelo festival – porque a música é uma parte das artes. Nos inspiramos no festival @foradoeixo santamariense, Macondo Circus, que iniciou a integração das artes dentro do circuito Fora do Eixo.
Os artistas independentes que quiserem se inscrever para tais categorias, podem acessar o Edital das Artes Misturadas. O edital contemplará 34 artistas com atividades durante todo o festival. Para a categoria música será utilizada a plataforma Toque no Brasil (especificações no edital). As inscrições encerram no dia 20 de agosto e os selecionados serão anunciados no dia 25 do mesmo mês, pelo site do Cardume.
O Ufsctock2011 quer se misturar, misture-se você também!
por Júlia Albertoni,  revisão e fotos por Rafael Vilela

20 de julho de 2011

ManiFestaMundo acontece na próxima sexta



Direcionado ao multiculturalismo e conhecimento musical de várias partes do mundo, ocorre no próximo dia 22 de julho, O ManiFestaMundo. A partir das 22h, o Aquece Bar reunirá djs, músicos e amantes da música para este que é o segundo evento de 2011 promovido pelo coletivo ManiFestaSol – Movimentação Cultural. O objetivo é trazer ao público a cultura musical de vários lugares do mundo através de um set-list compartilhado entre vários dj's e músicos de Caxias e região, e proporcionar uma experiência diferenciada na noite caxiense. O estilo é o multiculturalismo.
Idealizado por um grupo de pessoas voluntárias envolvidas com projetos artísticos e manifestações de cunho cultural, o ManiFestaSol trabalha no formato de rede, linkando seu trabalho com outros coletivos e movimentos culturais. Este coletivo se dedica a unir e integrar diferentes formas de expressões artísticas e culturais, desenvolvidas em Caxias do Sul e região.

O ingresso tem valor único de R$ 5,00 e é pago na hora do evento. Mais informações devem ser obtidas no blog: http://manifestasol.wordpress.com ou através do e-mail manifestasol@gmail.com

Serviço:

O que: ManiFestaMundo
Quando: Sexta-feira, dia 22 de julho de 2011 – 22 horas
Aonde: Aquece Bar (Rua dos Farrapos, 52 – Bairro Exposição – Em frente ao antigo parque da Maesa)
Quanto: R$ 5, 00 (na hora)

Atrações

DJ Sami Bolsoni (música latina e sérvia)
DJ Bang Banguers (chip-music - POA)
DJ Abelhão (psy minimal)
DJ Amazing Fantasy (lounge)
DJ Dinotops (música oriental)
DJ Roggia (instrumental indiano)
DJ Sara Munaretto (música européia)
DJ Maysa Stedille (brasilidades)
DJ E.T. (música africana)
DJ Mário (música uruguaia-argentina)
DJ Laio (música caribenha)

13 de julho de 2011

A estréia do Cineclube SOMA

Texto: Luis Fernando Rosa
Fotos: Neo One Eon


Ontem rolou a estréia de um novo front de atração cultural promovido pelo Movimento Soma, que tem como proposta trabalhar com a sétima arte. Será bom contar com cinéfilos, diretores, roteiristas ou simplesmente pessoas que curtem cinema para participar do nosso Cineclube - são todos mais do que bem-vindos.

O local onde rolou a estréia foi o 512 Espaço Cultural - um pico muito legal e aconchegante (veja o blog do 512 aqui). O pessoal do bar foi muito receptivo e atencioso. O público frequentador do local não está acostumado a pintar por lá para assistir curtas e discutir cinema, mas a proposta é nova e está sendo incorporada na agenda - a idéia é que façamos o Cineclube SOMA quinzenalmente. Será bom se entrarmos nesta frequência, agregando a galera que está a fim de conhecer cinema de qualidade, produzido por pessoas que vivem perto de nós, muito embora nos sejam até então desconhecidas. A proposta tem uma relação direta com a propagação cultural que parte de artistas para o público, público este que muitas vezes fica sem acesso aos canais de manifestação cinematográfica.

O somador Daniel Villaverde, cinéfilo inveterado, estava fazendo a mediação com o público, e contextualizando os curtas que estavam para ser passados. O primeiro curta foi Primitivismo Kanibaru na Lama da Tecnologia Catódica, de Petter Baiestorf (2003/12min), com colaboração do Grupo Canibal. O filme é do melhor estilo trash de baixo orçamento, mas com muita visceralidade. Muita lama e sangue, e uma TV das antiga sendo carregada por um cara todo estranho - muito massa!

O segundo curta foi O Paradoxo da Espera de Ônibus, de Christian Caselli (2007/3min). O filme é uma animação stop-motion, com desenhos de Gabriel Renner e narração de Chico Serra, e é baseado em histórias reais contadas com desenho "desanimado". O filme apresenta reflexões de um carinha que está esperando o bus, o qual nunca chega e sempre lhe parece que vai chegar - "quanto mais espero, menos tenho de esperar". O público se divertiu bastante com este curta, porque ele é um tanto engraçado.
O terceiro curta foi O Rock Sergipano: este ilustre desconhecido, de Werden Tavares (2008, 27min), e trata-se de um retrato bastante completo sobre a cena do rock sergipano desde os anos 80 até os anos 2000. É bastante interessante ver como a cena floresceu por lá, e contemplar a atividade musical de uma pá de bandas que o cara não conhece. O curta foi feito a partir de um projeto experimental do diretor e de Hans Hagenbeck, que consiste numa conclusão de curso de Comunicação Social. Há entrevistas tanto com os próprios artistas da cena, como dos próprios fãs e amantes do bom rock'n roll. Rola uns clipes interessantes tbm, com sincretismo musical entre blues e poesia de cordel - muito interessante!

Muita gente foi chegando, e de uma hora para outra o 512 já estava lotado. A avaliação que fizemos, tanto do evento Cineclube como do local onde ocorreu, é positiva. Há muito curta e longa interessante para mostrar e discutir, e fomentar esta parte que nem sempre é contemplada pelos coletivos de arte. É claro, trata-se de um programa completamente diferente ir assistir a bandas e ir ver filmes - mas ambos são artisticamente interessantes e dão visibilidade a criações estéticas ricas e inspiradoras.
A banquinha do SOMA estava por lá também. oferecendo CD's, livros , zines e bottoms para o público.
Foi uma noite agradável e enriquecedora, e certamente estamos fixando um evento e um ponto que vão dar resultados frutíferos. Amantes do cinema não faltam, nem pessoas que querem divulgar cinema independente e formar uma cena autoral forte na sétima arte também. Bem vindo é o Cineclube SOMA! =]


8 de julho de 2011

Cineclube SOMA estréia 12 de Julho no Espaço Cultural 512

 
 
Na próxima terça, 12 de julho, o Movimento SOMA estréia seu Cineclube em parceria com o Espaço Cultural 512, que fica na Rua João Alfredo, 512, Cidade Baixa.  

Com mediação de Daniel Villaverde, os curtas exibidos na estréia serão: Primitivismo Kanibaru na Lama da Tecnologia Catódica (2003/12 min) de Petter Baiestorf, com Elio Copini e Coffin Souza, O Paradoxo da Espera do Ônibus (2007/3 min) de Christian Caselli, baseado em várias histórias reais com desenho desanimado de Christian Caselli e desenhos de Gabriel Renner e narração de Chico Serra e O Rock Sergipano: Esse Ilustre Desconhecido (Werden Tavares, 2008, 27 min), um vídeo-documentário que traz um recorte do cenário rock de Sergipe. É uma rápida leitura do movimento cultural local a partir dos anos 80 até meados de 2004.

O cineclube tem início às 21h e os ingressos custam R$5,00 válidos para toda a programação do bar que segue após a exibição dos curtas.

Serviço:
Cineclube SOMA
12/07/2011 às 21h
Rua João Alfredo, 512 - Cidade Baixa
Ingressos: 5,00

7 de julho de 2011

Relato Barriga Verde sobre o Congresso Regional Sul

Texto: Carlos de Aquino (Barriga Verde)
Fotos: Marcelo Cabala (Macondo Coletivo)

Realmente foi uma experiência muito intensa. Foi uma surpresa para nós do Barriga Verde (já que era nosso primeiro congresso) ver tanta gente do Sul disposta a fazer a história toda dar certo na nossa região. 

Incrível também é ver o estímulo que os encontros presenciais trazem para quem está apenas começando a digerir a proposta da Rede. A Camila e o Gabriel (novos agentes do Barriga Verde) estão extremamente motivados! Adoraram participar da experiência e estão ansiosos para começar a desenvolver os novos trabalhos aqui no interior de SC.

No primeiro dia, Pablo (artilheiro do DedoBol), Felipe, Atílio, Cláudia e Grazi mediaram a apresentação do pessoal que estava presente e deram um F5 sobre a situação da Rede em um ambito Nacional e Regional. Fato que ajudou - e muito - a elucidar os presentes sobre qual o propósito de todas essas ações: contribuir com a formação de uma nova geração. Foi muito importante, pois muitos ainda têm uma leitura equivocada de que o Circuito é simplesmente uma organização gigantesca que explora a classe artística. Contamos também com a presença do mestre Plá para abrir o congresso, e muito chopp e proza amiga no mezanino da Casa de Cultura Mário Quintana. 

A mesa do PCult também foi sensacional. Fiquei muito feliz de ver os avanços que estão se dando nas relações dos coletivos de POA com o poder público. O Santiago Neto é uma pessoa que se demonstrou extremamente aberta a criar pontes interessantes na Região Sul. O Festival de Música do Sul já é uma iniciativa que tangibiliza o que quero dizer. São pessoas como o Santiago que tornarão possível um alinhamento das ações entre poder público e sociedade civil em toda a Regional. Falando em integração, criamos também a lista do PCult da Regional Sul, para facilitar o alinhamento da regional. 

O Teatro de Arena é um local muito bacana. Aliás, Porto Alegre em si é foda. Paguei pau pra arquitetura de lá. Foi muito legal ver o show do Wander Wildner, este de quem ouço falarem desde pequeno. Um show relativamente pesado em um local com um clima bem intimista. Demais. Sem falar na casa que o SOMA conseguiu pra realizar o congresso. A Casa de Cultura Mário Quintana é um espaço maravilhoso!

Sustentabilidade, Distribuição, Circulação e Comunicação também foram pautas que tiveram avanços muito ricos. Principalmente a circulação, que possibilitou o mapeamento dos festivais, espaços, casas e também a sistematização de mais um laboratório de turnê pelo Sul. A comunicação também teve seus avanços. Discutimos as news da regional,   refletimos sobre a interação dos agentes do sul, provocamos um debate em torno da criação das mídias integradas de cada estado, o que resultará nas mídias integradas da Regional Sul, possibilitando uma ação em bloco muito mais sólida. 

Interessante também foi ver a relação que a galera do Software Livre tem com o FDE. O Fórum deles estava muito bem organizado e absurdamente movimentado. Foi bom ver que essa galera ta disposta a contribuir com a otimização dos trabalhos da Rede. Eles tem muito interesse em dialogar conosco e acompanhar os processos que compõem o dia a dia do nosso trabalho. Não duvido que, daqui a pouco tempo, tenhamos novas - e livres - ferramentas para trabalhar com produção cultural. Frutos dessa parceria que tá sendo do c#@¢lho.

¨Já militei em vários movimentos da sociedade civil, e, muitas vezes, vi os mesmos que lutaram tanto, jogarem seus ideais no lixo. O que me toca e me faz estar militando mais uma vez é o brilho nos olhos de vocês todos desta sala. O brilho de uma geração que está disposta a lutar por uma outra realidade.¨ Disse Leonardo de Albuquerque, artista plástico integrante do SOMA, emocionado, sem conseguir conter as lágrimas. 

Acho que isso define o que foi o congresso.

FORÇA, MATURIDADE, UNIÃO E PROGRESSO!

PARABÉNS AO SOMA E A TODOS DO RS.


VAMOS DOMINAR O MUNDO GALERA?


NÓIS!

6 de julho de 2011

Relato Alona sobre o Congresso Regional Sul

Texto: Tati Oliveira (Alona)
Fotos: Gabriel Almir Dias (Barriga Verde)

Escrevo aqui pra deixar um relato sobre avanços imensos feitos neste final de semana, durante o Congresso FDE da Regional Sul, em Porto Alegre.

Logo no início, a apresentação dos coletivos mostrou uma regional muito mais sólida. A contextualização dada pelos integrantes de nossa regional mostrou um cenário bem mais consolidado e um terreno bastante fértil para novas ações e parcerias. 

Contamos durante o congresso com a adesão de três novos coletivos -  Manifesta Sol (Caxias do Sul), Inverso Coletivo (POA) e Ruído Coletivo (Erexim). Estreitamos, também, parceria com Joinville, representando o FDE por lá através do Hélio. E para todos estes, bem vindos, galera! Nóis!

Maturidade, estabilidade, planejamento... Não poucas vezes estas foram algumas das palavras mais recorrentes nas falas que se referiam à nossa regional e ao FDE como um todo, durante o congresso. 

Fechamos nossa primeira rota de shows!! 10 cidades da região sul vão receber uma banda de Curitiba ainda neste segundo semestre. Também mapeamos os festivais, fazendo um circuito com 18 festivais de nossa regional!! E discutimos ainda, as conexões com América Latina. (E agora, como dizem os gaúchos, quanta notícia "afu").

Saímos com discussões sobre o PCult que demonstram maturidade. Éh, nosso PCult não faz mais discussões primárias, ele está pronto para dialogar com o poder público e sociedade civil.

Pautamos a Distro e reforçamos, também, a necessidade de uma sustentabilidade sólida nos coletivos. E percebemos, ainda, que nossa comunicação já tem força e demandas tão grandes que, além das grandes coberturas colaborativas feitas por nossos coletivos, podemos alcançar muito mais.

Encontramos lá o Cardume Coletivo - Florianópolis - tão novo no circuito, mas incrivelmente forte, organizado, capacitado, pautando assuntos que se tornavam exemplos de atuação local.

As artes integradas finalmente "se integraram" por completo. FEL e Palco, as únicas frentes que ainda não haviam se encontrado, agora também entrecruzam seus projetos. Clube de Cinema tá atendo às SEDAs e aos Cineclubes da regional. Palco se posiciona como catalisador de rotas de circulação, assim como a música. O Poéticas Visuais estimula os coletivos, apresenta projetos em andamento e mostra a força que ganha por sua maleabilidade ao abranger designers, artistas e diversas formas de linguagem visual. FEL volta do congresso com data para sua primeira publicação impressa. E todas as artes definem que a partir de agora vão traçar um projeto/pacote de artes integradas, para quaisquer festivais do país.

Tivemos, ainda, uma participação "surpresa" durante a gravação de um programa de Sofware Livre durante a FSL (Feira de Software Livre), que estava acontecendo no mesmo período em que acontecia Congresso, em PoA. 

Foi formado um colegiado para acompanhar as açoes macro da regional, dividindo funções internamente para fazer os acompanhamentos. O colegiado conta com Grazi Calazans, Neo, Branca, Tati, Mano Val, Paulo Zé, Carlos de Aquino, Kaley, Marcelo Cabala e Alê Giovanella.



Mas o gran finale vem agora no fim do texto, mesmo. Durante o Congresso, nasceu a CAFE Porto Alegre!! Sua localização é estrategicamente importante para diversos pontos, entre eles circulação de bandas, formação de mais uma agência, movimentação cultural local e regional, imersões, hospedagem solidária, potencialização do FDE nacional e inserção de todas as artes integradas nas duas CAFEs. A nova CAFE. faz parte de um processo, de uma continuidade nos avanços do FDE e vai proporcionar maior agilidade e proximidade para os coletivos, especialmente os localizados na região sul do país. Em agosto, no mais tardar setembro, ela vai ser inaugurada e já conta com cinco moradores (seis comigo, que tô recebendo apoio nacional para terminar meu TCC - quase que colaborativo - e me mudar para lá logo, logo também!). São eles Atílio, Branca, Neo, Grazi e Rafa Rolim.

Então, fica aqui o relato que eu gostaria de deixar. Feliz em compartilhar todas estas boas novas com todos vocês, foi impossível deixar o texto menos extenso e não citar estes avanços tão importantes para nossa Regional Sul, entre tantos outros, não colocados aqui, embora sejam tão importantes quanto.

Deixo um beijo para todos do Movimento Soma, organizadores do Congresso. A recepção feita por vocês foi perfeita e deixa nossa regional tranquila; conhecendo de perto o trabalho desenvolvido por vocês, fica claro que optar por uma CAFE aí em POA não poderia ser melhor.

E bora inaugurar essa CAFE nova, tchê!!

5 de julho de 2011

Relato Manifestasol sobre o Congresso Regional Sul

Texto: Luis Fernando Rosa (Manifestasol)
Fotos: Gabriel Almir Dias (Barriga Verde)
Aconteceu agora nos dias 1, 2 e 3 de julho esta quarta edição do Regional Sul Fora do Eixo, na cidade de Porto Alegre. O clima em PoA não estava amigável - muita umidade e frio direto, e o pessoal que veio de fora ficou arrepiado. Embora certamente possa fazer sentido dizer que o ambiente externo influencia as relações humanas, não creio que as atividades deste congresso tenham sido de todo prejudicadas pela condição climática. 
Muitas pautas interessantes foram tratadas nestes três dias. Inicialmente, vários coletivos se apresentaram uns aos outros, para conhecimento. Um aspecto digno de nota é que todos estes coletivos compartilham de certas propriedades e relações em comum: todos contém membros que se dedicam aos movimentos culturais sem estar visando puro lucro financeiro, todos mantém o objetivo de apoiar a arte autoral e todos funcionam em uma dinâmica de rede, guiada pela lógica do "que eu posso fazer para contribuir" ao invés de ser guiada pela lógica do "que eu ganho com isso".
Ainda no mesmo dia, Pablo Capilé e Felipe Altenfelder colocaram a questão da visão política que os membros dos coletivos têm de suas próprias atividades enquanto gestores culturais. Com muita propriedade, estes integrantes capitais do Fora do Eixo fizeram notar que uma concepção política vem a clarificar a auto-percepção que os grupos integrados ao Fora do Eixo podem formar. Um debate intenso aconteceu sobre a possibilidade de integrantes dos coletivos terem participação factiva em câmaras de vereadores e outras instâncias políticas firmadas na constituição do nosso país. Foi notado, de um lado, que a representação política de um integrante do Fora do Eixo na câmara daria visibilidade aos nossos projetos, e poderia fazer com isso que pudéssemos lutar mais substancialmente pelos direitos que reivindicamos. Por outro lado, também foi observado que o trajeto político que uma pessoa faz na carreira política pode ser incompatível com o trajeto cultural que uma pessoa faz sendo membro substancial do Fora do Eixo. As conclusões (talvez não tão conclusivas, e inclusive é bom que fiquem dúvidas) parecem ser a de que podemos contaminar o contexto político com nossas idéias de alguma forma, e que a trajetória política tem seus próprios objetivos, talvez distintos dos objetivos que guiam as ações dos coletivos. 
As discussões no sábado centraram-se na circulação de Regional Sul do FdE: rotas de circulação, circuitos universitários e de música e teatro. O pessoal esteve bem organizado, e sempre numa perspectiva significativamente coletiva. Depois rolou algo que nos é de grande interesse: a sustentabilidade. É possível se sustentar vivendo da atividade cultural nos círculos dos coletivos relacionados ao Fora do Eixo? Sim, parece que é possível, e algumas pessoas já estão inseridos neste modo de vida, o que nos mostra que outras pessoas podem vir a fazê-lo. O assunto merece uma análise posterior, mais aprofundada, que releve as variáveis envolvidas nesta possibilidade. 
O último dia foi o mais organizacional de todos. Entre outras coisas, os grandes grupos discutiram a integração na comunicação, a dinâmica na web, as artes integradas, adesões e desadesões. O SOMA soube acomodar o evento com muita profissionalidade, e tudo foi muito frutífero e construtivo. Parabéns a todos.