Para introduzir o leitor de como o Plá chegou até o teatro de Arena, tenho que voltar atrás até os dias do SEFORM - Semana de Formação Cultural promovida pelo Movimento Soma no mês de maio, onde em um lapso de loucura ouvindo o cd “Biciclopédia” no mezanino da Casa de Cultura Mario Quintana, tivemos a idéia de trazer o cara, o que se concretizou 5 minutos depois com um telefonema para Curitiba. Eu havia conhecido o Plá em 2009 no festival Psicodália de São Martinho, onde a Bandinha Di Dá Dó encerrou a turnê de verão daquele ano. Hoje escrevo feliz relatando o show que produzimos para ele no último sábado em um palco de Resistência da cidade de Porto Alegre, o Teatro de Arena.
O Plá gravou seu primeiro disco em 1987 e está lançando seu disco número 44, chamado “A Casa das 4 Luas”, que acabou de sair do forno. Acostumado a tocar na rua, o show no teatro foi algo especial, mas que não fugiu muito dos moldes do show que ele faz normalmente pelas praças de Curitiba ou onde quer que se encontre. Fizemos uma produção bacana, com uma iluminação quente e um telão no fundo do palco projetando cenas temáticas pesquisadas especialmente para o show do Plá e cenas ao vivo filmadas com uma câmera, que entravam misturadas às imagens no telão, dando um ar hi-tec a um show inteiramente roots.
No hall do Teatro estava o já tradicional pano branco estendido no chão e duas canetas pilot, uma azul e outra vermelha, onde as pessoas podiam escrever coisas, desenhar e deixar suas energias de lembrança para que o Plá depois transforme em murais ou mesmo em roupas; ele costuma transformar os panos que o acompanham em camisetas, casacos e calças, assim ele carrega a energia dos fãs bem junto dele, o que deixa a coisa bem mais orgânica e também consagra um estilo pessoal de se vestir e ser.
O show começou com 20 minutos de atraso, o que foi muito bom porque de última hora chegaram alguns ciclistas com suas bikes super sinalizadas e equipadas invadindo o teatro de Arena e fazendo do corredor um verdadeiro estacionamento de magrelas. Nestas horas que pensamos como seria bom ter os bicicletários onde se pudesse estacionar as bicicletas com segurança na rua, sem ter que amontoar dentro de um lugar que não está preparado para isto; há muito que se evoluir neste sentido. O show começou dizendo justamente isso: com a música “A Invasão das Bicicletas”, Plá mostrou a que veio, não somente pra tocar, mas também para mostrar uma ideologia simples e direta, onde pequenos atos podem mudar a vida de muita gente e também ajudar o planeta.
Em suas letras, temas como o uso de energia limpa, o transporte coletivo, a diminuição do uso de carros, a carona solidária, a construção de ciclovias, o respeito ao pedestre e o consumismo sem controle circulavam entre melodias e canções que, unidas às imagens do telão, levavam o público ao delírio em uma espécie de viagem alucinante. Vestido de branco e com os pés descalços, Plá contagiou a galera, entre uma música e outra vinham às histórias bacanas de como a música tinha sido composta, em que circunstância, colocando a audiência a par de situações vividas por ele em cada momento criativo de sua vida.
O show foi se desenrolando e o público cantava junto cada refrão, o clássico “Pra andar de bicicleta tem que ter moral, tem que ter moral” ou “Mais adrenalina Menos gasolina” e também “Mais bicicletas menos carros”. Entre um gole e outro do seu preparado de gengibre, o Plá perguntou se alguém gostaria de pedir alguma música e sem pensar muito o Teimoso gritou lá de trás - toca a dos Camelos, e Plá diz - puxa porque eu fui perguntar? Com mais de 500 músicas compostas ele certamente não se lembra de todas, mas para nossa felicidade esta ele lembrava e arrasou. Esta foi a primeira música que escutamos ele tocar em São Martinho em 2009, na cozinha comunitária do festival Psicodália.
As luzes dos canhões pares do teatro aqueciam o Plá, que ia fugindo das luzes dando um passo a frente a cada final de música e ajeitando o cabelo, já que segundo suas palavras ele estava sendo filmado; o engraçado é que o "ajeitar o cabelo" dele era nada mais nada menos que despentear os cabelos, deixando eles o mais em pé possível. Em suas falas, uma das mais marcantes foi uma idéia utópica, mas bem lógica de se parar de produzir carros por 5 anos e só deixar os que já existem rodando até lá. Clamava também pela construção de ciclo faixas e por mais respeito à natureza. Foi um show completo e emocionante, no final agradeceu a todos e mostrou o caminho para a banquinha onde estavam a venda seus 4 últimos CDs e o pano estendido no chão onde quase que todo o público deixou alguma mensagem para o ele.
Não poderia finalizar este texto sem agradecer a cada um que fez deste SOMAcústico um evento especial: Moysés Lopes, Vj nas projeções, Neo e Dimi na operação de Luz, Thiago Tabajara no receptivo, Grazi na produção geral e bilheteria, Rafa Roggia nas filmagens, Teimoso pela montagem e operação de som, Mauro Bruzza pelo transporte, Aline, Igor e Natã pela Hospedagem Solidária, Plá pela presença, Equipe do Teatro de Arena pela hospitalidade e cordialidade e também a todos que lá apareceram pra curtir o espetáculo, sejam sempre bem vindos. Abração Fraterno Paulo Zé.
O Plá gravou seu primeiro disco em 1987 e está lançando seu disco número 44, chamado “A Casa das 4 Luas”, que acabou de sair do forno. Acostumado a tocar na rua, o show no teatro foi algo especial, mas que não fugiu muito dos moldes do show que ele faz normalmente pelas praças de Curitiba ou onde quer que se encontre. Fizemos uma produção bacana, com uma iluminação quente e um telão no fundo do palco projetando cenas temáticas pesquisadas especialmente para o show do Plá e cenas ao vivo filmadas com uma câmera, que entravam misturadas às imagens no telão, dando um ar hi-tec a um show inteiramente roots.
No hall do Teatro estava o já tradicional pano branco estendido no chão e duas canetas pilot, uma azul e outra vermelha, onde as pessoas podiam escrever coisas, desenhar e deixar suas energias de lembrança para que o Plá depois transforme em murais ou mesmo em roupas; ele costuma transformar os panos que o acompanham em camisetas, casacos e calças, assim ele carrega a energia dos fãs bem junto dele, o que deixa a coisa bem mais orgânica e também consagra um estilo pessoal de se vestir e ser.
O show começou com 20 minutos de atraso, o que foi muito bom porque de última hora chegaram alguns ciclistas com suas bikes super sinalizadas e equipadas invadindo o teatro de Arena e fazendo do corredor um verdadeiro estacionamento de magrelas. Nestas horas que pensamos como seria bom ter os bicicletários onde se pudesse estacionar as bicicletas com segurança na rua, sem ter que amontoar dentro de um lugar que não está preparado para isto; há muito que se evoluir neste sentido. O show começou dizendo justamente isso: com a música “A Invasão das Bicicletas”, Plá mostrou a que veio, não somente pra tocar, mas também para mostrar uma ideologia simples e direta, onde pequenos atos podem mudar a vida de muita gente e também ajudar o planeta.
Em suas letras, temas como o uso de energia limpa, o transporte coletivo, a diminuição do uso de carros, a carona solidária, a construção de ciclovias, o respeito ao pedestre e o consumismo sem controle circulavam entre melodias e canções que, unidas às imagens do telão, levavam o público ao delírio em uma espécie de viagem alucinante. Vestido de branco e com os pés descalços, Plá contagiou a galera, entre uma música e outra vinham às histórias bacanas de como a música tinha sido composta, em que circunstância, colocando a audiência a par de situações vividas por ele em cada momento criativo de sua vida.
O show foi se desenrolando e o público cantava junto cada refrão, o clássico “Pra andar de bicicleta tem que ter moral, tem que ter moral” ou “Mais adrenalina Menos gasolina” e também “Mais bicicletas menos carros”. Entre um gole e outro do seu preparado de gengibre, o Plá perguntou se alguém gostaria de pedir alguma música e sem pensar muito o Teimoso gritou lá de trás - toca a dos Camelos, e Plá diz - puxa porque eu fui perguntar? Com mais de 500 músicas compostas ele certamente não se lembra de todas, mas para nossa felicidade esta ele lembrava e arrasou. Esta foi a primeira música que escutamos ele tocar em São Martinho em 2009, na cozinha comunitária do festival Psicodália.
As luzes dos canhões pares do teatro aqueciam o Plá, que ia fugindo das luzes dando um passo a frente a cada final de música e ajeitando o cabelo, já que segundo suas palavras ele estava sendo filmado; o engraçado é que o "ajeitar o cabelo" dele era nada mais nada menos que despentear os cabelos, deixando eles o mais em pé possível. Em suas falas, uma das mais marcantes foi uma idéia utópica, mas bem lógica de se parar de produzir carros por 5 anos e só deixar os que já existem rodando até lá. Clamava também pela construção de ciclo faixas e por mais respeito à natureza. Foi um show completo e emocionante, no final agradeceu a todos e mostrou o caminho para a banquinha onde estavam a venda seus 4 últimos CDs e o pano estendido no chão onde quase que todo o público deixou alguma mensagem para o ele.
Não poderia finalizar este texto sem agradecer a cada um que fez deste SOMAcústico um evento especial: Moysés Lopes, Vj nas projeções, Neo e Dimi na operação de Luz, Thiago Tabajara no receptivo, Grazi na produção geral e bilheteria, Rafa Roggia nas filmagens, Teimoso pela montagem e operação de som, Mauro Bruzza pelo transporte, Aline, Igor e Natã pela Hospedagem Solidária, Plá pela presença, Equipe do Teatro de Arena pela hospitalidade e cordialidade e também a todos que lá apareceram pra curtir o espetáculo, sejam sempre bem vindos. Abração Fraterno Paulo Zé.
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